Olá Turminha do 7º Ano!
Nas próximas aulas estaremos estudando Vírus, então segue uma matéria da revista Superinteressante e abaixo um vídeo sobre como o vírus entra na corrente sanguínea.
Beijinhos :)
A garganta arranha, os olhos ficam vermelhos, vem o primeiro espirro... No dia seguinte, a febre e as dores pelo corpo confirmam a suspeita. Parabéns, você está com a doença mais comum desta época do ano: gripe!
Conforme o tempo passa, as pessoas vão sarando, adquirem imunidade e o vírus da gripe some. Só que, no ano seguinte, ele reaparece em nova versão – e derruba todo mundo outra vez. Mas de onde vêm, afinal, as ondas de gripe? Um estudo inédito, que analisou 13 mil amostras do influenza (vírus que causa a gripe) ao longo de 5 anos, parece ter encontrado a resposta. “Os novos tipos aparecem no sudeste asiático”, diz Colin Russell, epidemiologista da Universidade de Cambridge e autor da pesquisa. Ninguém sabe exatamente o porquê, mas Russell arrisca dois motivos. Como na Ásia o vírus contamina muita gente, ficaria mais sujeito a sofrer mutações no seu DNA (devido a erros de cópia quando o vírus passa de uma pessoa para outra). E são essas mutações que causam as epidemias mundiais de gripe – porque resultam em novos subtipos do vírus, contra os quais ninguém possui imunidade. Comparando as amostras coletadas pelo mundo, os cientistas também puderam medir o tempo que o vírus leva para se deslocar. Quanto mais fortes as relações comerciais entre duas regiões, mais facilmente ele se desloca de uma para outra (pois há maior tráfego de pessoas e mercadorias contaminadas). É por isso que a gripe passa pela Europa e pelos EUA antes de chegar ao Brasil. O autor da pesquisa espera que ela ajude a melhorar as vacinas (leia texto ao lado), mas acha difícil erradicar a gripe. “O influenza parece ter uma capacidade infinita de enganar o nosso sistema imunológico”, admite Russell. Atchim!
A ROTA DO ATCHIM
Veja o percurso do vírus influenza, que causa as ondas de gripe.
1) SUDESTE ASIÁTICO
A diversidade climática e os centros urbanos apinhados fazem com que essa região seja a incubadora perfeita para o surgimento de novas variantes do vírus e sua disseminação. Os principais focos são China, Taiwan, Hong Kong e Coréia do Sul.
2) EUA
A gripe começa a se intensificar na Califórnia (região oeste), Texas (sul), Nova York e Pensilvânia (nordeste) e explode por todo o país – onde o consumo do remédio Oseltamir, que mata parte dos vírus, pode acabar estimulando mutações.
3) EUROPA
O vírus chega na virada do ano, que é a época mais fria. A epidemia dura de 2 a 4 meses e ataca todos os países da região. Na última onda de gripe, os mais afetados foram Grécia, Holanda e Irlanda (ninguém sabe exatamente o porquê).
4) BRASIL
Os primeiros casos começam a aparecer em abril, na Região Norte. A epidemia vai descendo, com velocidade aproximada de 1 500 quilômetros por mês, e alcança seu auge na metade do ano, quando chega às Regiões Sudeste e Sul.
5) “HERMANOS”
O Brasil não sofre sozinho: depois de herdarmos a gripe do Peru e do Chile, repassamos esse “presentão” para nossos vizinhos argentinos.
TURISMO MUTANTE
Praga se modifica ao circular pelo mundo.
Três tipos de vírus influenza circulam pelo mundo. O tipo A é o mais comum. Ele tem diversos subtipos (mutações) – cada um deles está representado por uma cor diferente no mapa acima.
300 A 900 MILHÕES
de pessoas, a cada ano, ficam gripadas (o que corresponde a 5 a 15% da população mundial). Dessas, 250 mil a 500 mil morrem.
18 A 72 HORAS
é o tempo em que, depois que uma pessoa é contaminada pelo vírus, começam a aparecer os primeiros sintomas.
US$ 71 BILHÕES
é o prejuízo causado todos os anos, só nos EUA, pelas epidemias de gripe (somando gastos hospitalares e dias de trabalho perdidos pelos doentes).
25 MILHÕES
foi o número de mortos pela gripe espanhola, que se espalhou em 1918 e 1919 e é considerada a pior epidemia de gripe da história.
E A VACINA?
Ela promete eficácia de 80% e duração de 12 meses. Mas, conforme se espalha pelo mundo, o vírus da gripe pode sofrer mutações – e adquirir a capacidade de driblar a vacina, cuja composição é definida anualmente pela Organização Mundial da Saúde. A OMS tem uma rede de laboratórios em 94 países, que identifica os 3 subtipos de vírus mais comuns – que são usados na fórmula do ano seguinte. Quer dizer: a vacina disponível hoje é baseada em vírus de 2007. Os médicos garantem que, mesmo assim, ela funciona. Mas já existe quem proponha uma solução extrema: a criação de um supervírus, que juntaria as características de todos os tipos de influenza e seria usado para estudos em laboratório. “Seria o primeiro passo em direção a uma vacina mais universal”, sugere Peter Palese, da Escola de Medicina Mount Sinai, nos EUA.
Fonte: Superinteressante
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